sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Concorrência para a Compra de Caças MultiRole para a FAB - De Quem é a Decisão? - Como decidir?

Há cerca de 2 anos o Comando da Aeronáutica gerencia um processo de escolha que irá culminar na aquisição de 36 aeronaves (podendo chegar a 120 no médi prazo) de combate. A idéia é substituir e padronizar a atual frota de aeronaves Northrop F5M, EMBRAER A1 e Dassault Mirage 2000. O processo biblionário está em sua fase final.

A condução do programa pelo Comando da Aeronáutica é vista como exemplar mundo afora, porém há mais do que cheiro de querosene no ar. A decisão poderá ser política. Em publicação da Folha Online, o ministro da defesa, NelsonJobin, teria pedido para a FAB não indicar um vencedor. http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u658343.shtml

O que se ventila é que a decisão será do presidente Lula. De fato, ele é o líder deste país e cabe a ele a decisão de autorizar a compra. Mas esta compra terá que ser autorizada, antes, pelo Conselho Nacional de Defesa. Pois bem, qual o critério a ser utilizado pela pessoa Lula e pelo mencionado Conselho? Utilizarão eles o relatório final da FAB?

A aeronave que se propõe a comprar, seja o francês Dassault Rafale, o americano Boeing F/A 18 E/F Super Hornet ou o sueco SAAB Gripen NG atendem às especificações da FAB. O que fará a diferença é a oferta de tecnologia e de offset comercial.

Mas há um detalhe importante. O custo de operação e de aquisição. O comentário é de que o Rafale possui os maiores custos entre os competidores, ficando o Super Hornet em segundo e o Gripen é o mais barato. A hora de voo do primeiro apresentaria custo de cerca de 14-15 mil euros, enquanto o último aproximadamente 6 mil dólares.

Todos são aeronaves sofisticadas, seja do ponto de sistemas de voo, de eletrônica embarcada e de armamentos empregados. Terá o governo, condições e interesse, em aportar no anos futuros nossos recursos para manter essas aeronaves voando e, portanto, propiciando condições reais de defesa para o país? Uma aeronave no chão não propicia adestramento e proficiência aos pilotos. Assim, tornariam-se "rainhas de hangar".

É vital que o "Nosso Guia", como designado por Elio Gaspari, tenha o bom senso de ouvir quem entende do assunto. Caso contrário, em pouco tempo poderemos ouvirs que todo o investimento feito nesse programa poderia ter sido usado aqui para desenvolver um sistema de armas similar ao que vai ser adquirido.

Saiba mais:

www.defesanet.com.br
www.defesabrasil.com.br
www.aereo.jor.br

Abraço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário